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07 outubro 2011

Pacto de Amor



Ouve, amor, a voz rouca do vento!
Dos mortos assombra as almas qu'ainda
Penam na terra numa busca infinda
Pela luz que cessa dor e lamento.

Aqui te velo, triste, ao relento,
E, em visões, a tua face, alva e linda,
Com a aurora de um sorriso me brinda,
Atenua, tão branda, o meu tormento.

Jazem, fétidas, sobre a campa rosas,
Noivas mascadas nas noites umbrosas
Por vermes com hálito putrefacto.

Dorme, minha amada, descansa em paz!
A vida foi-te ingrata, foi fugaz,
Mas eterna é a a essência do nosso pacto.

(Luís R Santos 8/10/11)

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=201403#ixzz1a9A9yxTR
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